A vasilha usada de gas brasileiro com a bandeira nacional e o lema: "Made in Brazil".
DEPOIS de minha reportagem no O Globo de segunda feira, 09/01/2012, em que eu citei a ativista bahreinita Zainab al-Khawaja responsabilizando o uso de gás lacrimogêneo brasileiro pela morte de um bebe de cinco dias, o Itamaraty anunciou na terça feira que ira investigar se houve mal uso do gás, segundo matéria publicada na Folha de São Paulo.
Como a matéria da Folha aponta, o Brasil somente exportou US$19,5 milhões em armamentos para cinco países árabes do Golfo, entre 2006 e 2011, que é uma verdadeira mixaria comparado as vendas de armamentos dos EUA e dos países europeus para países do Golfo, que chegam a bilhões de dólares.
Mas é bom o governo brasileiro reaver sua política de deixar empresas brasileiras exportar gás lacrimogêneo e outros armamentos mais pesados para países antidemocráticos. Porque senão, o Brasil vai acabar perdendo sua fama mundial de simpático pais de futebol sensacional e mulheres gostosonas do Carnaval, para uma fama bem mais triste e sangrenta.
O deputado federal Fernando Gabeira escreveu isso no blog dele depois de ler minha matéria no O Globo:
“Ser acusado da morte de projeteis ostentando a bandeira nacional não é bom para o Brasil. Mas quem responde pelo pais, nesse caso? O Congresso está de férias, o governo às voltas com as enchentes.
“A única saída é registrar isto e afirmar mais uma vez sobre esse tipo de política externa: não em meu nome. Esse Brasil com a bandeira na bomba de gás é o pais da maioria, dos ministros blindados, da sede de exportar, mas nem sempre me representa.”
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